14 março 2009

Zendagi Migzara

Um dia eu vou encontrá-la por ai. Pode ser aqui em Curitiba, ou em Bh, ou em qualquer lugar. O mundo é um quintal pequeno, uma hora a gente se esbarra na brincadeira da vida. Um dia a gente vai se reconhecer numa esquina, num supermercado, num bar, numa baladinha. Um dia vai se olhar e perguntar: "Será que é?". Espero que, neste dia, tenhamos menos decepções no olhar. Menos dúvidas na cabeça. Menos dor no peito. Bem menos coisas para se arrepender, ou irritar, ou exigir... Pode ser que neste dia sejamos bons amigos. Falemos sobre os rumos que nossas vidas levaram. Compartilhemos as histórias que ainda não sabemos um do outro e vamos rir das coisas que tanto nos machucaram e marcaram, mas que ficaram para trás...

Um dia espero que seja assim. Mas não hoje. Enquanto esse dia não vem, esse é o último post que lhe dedico. Minha caixa de memórias vai ficar sem sua assinatura no rótulo do vinho e é bom que seja assim. Não guardo raiva ou ódio. Simplesmente vou me desapegar do que não me faz mais bem. O Caderno Azul saberá mais um último texto a seu respeito e depois, o esquecimento... Pode demorar uns dias, alguns meses, anos, ou talvez demore só até o próximo beijo numa noite próxima, mas é certo que a vida vai ser boa sem você. Como as afegãos costumam dizer "Zendagi Migzara" (A vida continua). Vou ficar bem com minha vida, meus amigos e as coisas que me são caras.

Que seu caminho seja de paz e felicidade. O meu será.

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