
Gabriel Garcia Márquez
"Havia achado, sempre, que morrer de amor não era outra coisa além de uma licença poética. Naquela tarde, de regresso para casa outra vez, (...)e sem ela, comprovei que não apenas era possível, mas que eu mesmo e sem ninguém, estava morrendo de amor."
Li o livro inteiro hoje, num só dia, de supetão. Nâo somente por ser fino (127 páginas apenas), mas porque a narrativa é deliciosa. Conta a história de um homem que nunca havia se apaixonado, que gastou toda uma vida consumida em luxúria sem conhecer o amor romântico por uma mulher: aquele sentimento que transcende o físico, vai além das necessidades sexuais e alimenta-se de olhares e esperanças. Aos noventa anos, este velho libertino faz uma encomenda à dona do bordel que frequentava: queria comemorar seu aniversário presenteando a si mesmo com "uma noite de amor louco com uma adolescente virgem". Mas o que devia ser a satisfação da tara de um velho, transforma-se no exercício de um coração que descobre as delícias do amor no final de seus dias...
Vale a pena ler! Aos que julgam um livro pela capa ou pelo título, peço que arrisquem. O romance não é imoral ou pornográfico, exceto pelo título. A ocorrência de algumas vulgaridades ou palavras chulas não mancham a qualidade da obra em si. O autor colombiano, que já recebeu um prêmio Nobel de Literatura em 1882 pelo magnífico "Cem anos de Solidão", mais uma vez encanta mostrando que o amor pode aparecer e dar esperança a uma vida até nos momentos e lugares mais improváveis...
2 comentários:
Eu quero ler...rsrsrsrs
É de facto marcante, tal como quase tudo o que li deste autor!!! Mas pedia-lhe que fizesse um post sobre "Cem anos de solidão", pois já li um pouco na minha vida,e este continua a ser sem dúvida O livro da minha vida!!! Como os descreve bem gostaria de ler o seu comentário a esta divina e colossal obra da brilhante escrita de Cabriel Gárcia Marquez
Postar um comentário