10 julho 2010

Batalhando com as palavras...

Existem textos que se escrevem sozinhos. Outros precisam de muita luta para adquirirem uma forma definitiva. Ultimamente só os textos resistentes têm me habitado. Pelo menos três deles estão em "stand by" na área de trabalho do meu note e mais alguns espalhados em folhas avulsas. Minha mente está um turbilhão de palavras, mas nenhuma aceita pousar sobre o papel...muitas idéias, muito a ser dito, pensamentos demais... Mas as letras fogem, as palavras são arredias e as frases teimam em não se cadenciarem. No fim, a pauta permanece em branco. Acho que é porque tenho andado ligado em 220v nesses últimos dias. Trabalho, escola, a casa se modificando a cada dia... Uma correria só! Estou precisando dimunuir o ritmo um pouco. Caminhar sem rumo por alguma trilha verde, ouvindo pássaros e água corrente. Observar verde e flores. Sentir o vento no rosto e a terra fria sob os pés descalços. Talvez fazer isso degustando um bom vinho. Eu preciso de momentos assim de tempos em tempos. Tenho necessidade de paisagens, cheiros, sons e sensações para aquietar a alma. Até minha própria casa vira um ambiente confinado quando não estou com mente suficientemente arejada. Estou precisando de refrescar o espírito. Sei que depois que fizer isso vou redescobrir minha serenidade e então os textos voltarão a fluir caudalosamente. O problema é a falta (ou talvez o mal aproveitamento) de tempo ocioso. Minhas horas de folga têm sido gastas dormindo ou espreguiçando na cama feito um gato. Isso não é uma prática saudável. Eu sempre precisei de ar livre e alguma atividade física para por a mente em ordem. Em BH, pedalava em volta da Lagoa da Pampulha. Aqui tenho muitos parques, mas minha visitação não tem sido frequente por escassez de tempo. Sempre há algo para limpar, arrumar, lavar, comprar, colocar, tirar, instalar... Aí termino as tarefas e vou ler, ouvir música ou assistir filme até adormecer.

Este fim de semana arranjarei tempo para gastar comigo mesmo. nem que tenha de fugir para o Tingui e deixar a casa de pernas pro ar e o celular desligado. Vou arejar minha cabeça e depois finalizar os textos inacabados... De alma limpa sei que as palavras mudarão sua disposição em relação a mim e faremos as pazes. Aguardem... Desconfio que o blog pode voltar a bombar depois de uma caminhada.

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