25 junho 2010

A Tempestade

Chuva no telhado...
As gotas são percursionistas;
o vento sopra árvores, mato
e outros instrumentos.
Trovões retumbam
Num compasso incerto...
Relâmpagos iluminam
nuvens, folhas
e outras coisas feitas bailarinas
nas coreografias de redemoinhos...
O espetáculo
se desenvolve nos ares:
uns o assistem com medo,
outros com curiosidade ou respeito,
há até os que dormem...
Da minha janela,
como de um camarote,
meu coração acompanha
a tudo em suspensão.
A música e a performance da chuva
só me trazem saudade:
“Aonde será que ela andará agora?”
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Escrita em 23/04/2010 às 14:10, depois de passar quase dois dias remoendo pensamentos de um delicioso feriado com chuva.
Correção e versão final terminadas em 28/04/2010 às 21:35, na minha casa no Pilarzinho - Curitiba

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