Ontem fui ao Calamengau de novo. É a casa de forró mais tradicional daqui de Curitiba. Gente bonita, boas músicas, ambiente tranquilo. Nada a reclamar. Só o povo daqui que parece não se habituar a dançar forró...Não sei como explicar, é estranho. Em BH a gente dança colado, rosto com rosto, corpos entrelaçados, a cada giro a mulher dança olhando o parceiro nos olhos. Aqui é algo mais cerimonioso, de distâncias medidas, espaços bem delimitados. Não posso dizer se é melhor ou pior. Não sou daqui. Vou pensar que é simplesmente diferente. Ontem uma menina linda dançou comigo e me perguntou de onde eu era no meio da música. Inicialmente julguei que ela tivesse descoberto por causa do meu sotaque: o inconfundível "Sô" ou um "uai" qualquer que eu houvesse deixado escapar, mas ela me explicou que o jeito como eu a conduzia, os passos e a maneira de dançar mostravam claramente que eu não era de Curitiba. De qualquer forma, acho que esse "diferente" deve ter sido bom, pois mais tarde quando havia terminado de pagar a conta e já me dirigia à saída a mesma guria me abordou e me fez voltar para a pista de dança para mais alguns xotes de "saideira". Nem preciso comentar que esse último fato fez minha noite inteira valer a pena (e olha que ela já estava sendo ótima!).
Aliás, o dia foi todo bom. Graças a Deus por isso! No trabalho, fechei meu primeiro contrato. Fui o primeiro da equipe de recém contratados a largar rumo à meta. Ainda falta muito, a meta é 11000 Reais e meu contrato foi de 2100 Reais, mas isso encheu meu coração de alegria e pude perceber a mão de Deus mais uma vez guiando meus passos. A gerente ficou toda orgulhosa, mas fiz questão de falar que era Deus me abençoando e não simplesmente um ato de sorte ou do acaso. Tenho entendido que não devo separar "vida espiritual" e "vida secular". Não temos acesso ao espiritual somente quando vamos à igreja ou quando exercemos nossa religião através de orações, hinos ou qualquer ato litúrgico. A realidade tem sempre umas perspectiva espiritual a ser explorada e vivida que muitas vezes deixamos passar despercebida. No trabalho, nos forrós, no ônibus... aonde quer que eu vá, vou de coração aberto para Deus me usar se Ele quiser, ou falar comigo, me ensinar. E se houver alguém com fome e sede de Deus e quero ser aquele que irá apresentá-Lo da forma mais natural, bonita e eficaz possível.
No almoço, preparei uma salada com melão, presunto, rúcula, radichio e alface que ficou divina! Essa minha vida de "homem que gosta de saladas" tem sido boa. É uma sensação muito bacana a de chegar do trabalho em casa, preparar uma comida que se gosta e assistir um bom filme ou ler um bom livro. Eventualmente saio para caminhar no Passeio Público ou em algum bosque próximo (geralmente o do Papa). Caminhar me ajuda a pôr os pensamentos em ordem. Pesar os prós e contras das decisões que tenho pela frente e orar muito. Não aquelas orações solenes, com expressões consagradas e tal, mas orações singelas, do tipo conversa, como se Deus tivesse se tornado meu parceiro de cooper. Curitiba tem revolucionado o modo como eu penso e faço teologia, e de uma forma positiva.
Outra coisa interessante que notei ontem é que já começo a encontrar conhecidos pelas ruas do centro. Já fui surpreendido umas três vezes por alguma mão estendida ou um sorriso de reconhecimento. Claro que não é ainda igual BH, onde é impossível eu andar na Praça 7 ou na Savassi sem abraçar uma dúzia de pessoas, mas fico satisfeito ao perceber que estou encontrando meu lugar aqui também.
Saudades demais de todos os meus amigos de longa caminhada. Alguns são tão citados em minhas conversas e casos que já até se tornaram conhecidos de quem convive mais comigo. Não pensem que estão esquecidos...
Continuo pedindo que me incluam em suas orações. Ainda há muito por vir...
Abraços
15 fevereiro 2009
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4 comentários:
oieeeeeeeeeeeee
olha eu aquiiiiiiiiiiiii!!!!!!
me explica porque vc tem tempo pra postar aqui mas nao tem pra me escrever????????????????????
traidor de forró, dançando com branquelinas de olhos azuis.
AAAAAAAAAAFF
chatinho! bobo!!!
to esperando noticias
várias aliás.
ou se não tiver nada pra contar, pelo menos me escreve pra perguntar como eu tô.
ai ai
sem comentários.
Oi, Lu... Estou em BH e vi sua mãe. Morra de inveja! Suponho que eu preferiria a forma diferente de forró... de distâncias mais medidas e rostos nem tão colados. Palpite! Saudades...
Respostas dos comentários:
Helen, Amor da minha vida, minha forrozeira flautista preferida...
Pára de show que a Xuxa é loira! rs
Vc sabe que eu te adoro e que to morrendo de saudade de dançar com vc... To preferindo postar em vez de mandar email pois os posts são coletivos, é mais rápido do que redigir ou responder um monte de emails... mas vou abrir exceção pra vc e mandar um email, ok?
Só me dá tempo... o notebook que eu to usando tenho de devolver, ai fica só lan house... o que é mais incômodo e mais caro. Mas pensa que vc vai poder ler o Caderno Azul depois...rs
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Kriptoniana,
Realmente o forró daqui seria mais adequado para vc, será que este é um bom motivo para vc me visitar aqui?
Vai ficar qto tempo em BH? Estou com uma pitada de inveja sim e sei que vc me entende perfeitamente... por mais que a gente faça a nossa vida longe de casa, é bom voltar ao menos para se ver o pedaço de história que fica sempre faltando...
Aproveite por mim! Toma Amarula na Praça da Liberdade e brinde ao meu sucesso aqui.
Saudades demais.
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