Negar
o que costumava ser inegável,
deixar que a chama
se apague.
Pó e cinza.
O indispensável
revelado supérfluo.
A morte tombando
o imortal falso.
O insuportável
ensinando a força
de seguir em frente,
o inesquecível
desaparecendo na sombra.
De repente
não há incômodo,
nem invenções,
nem imobilidade.
Lábios e coração
pronunciam seu nome
com indiferença.
O tal infinito
está medido
e descoberto pequeno demais,
insignificante.
É impossível sermos
nós dois outra vez.
Como pudemos
ter sido um dia?
Fomos mesmo?
Leve agora
suas máscaras imorais,
seus disfarces impecáveis,
os álibis e pretextos
imperdoáveis.
Sua maquiagem se desfez.
O que parecia intimidade
revelou-se irreal,
é estranheza inóspita.
Apagou o brilho.
Perdeu a graça.
Encanto quebrado
que palavra alguma
nem nenhuma dança
é capaz de conjurar
de volta.
O que és agora?
Impessoal...
Irrelevante...
A coisa que por muito tempo
confundi com gente.
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Escrita em 30/12/08 - 04:40
30 dezembro 2008
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3 comentários:
beautiful!
perfect!
I like it!
ta quase chegando o dia de curitiba!
ta preparado?
se gostou, tenho certeza que entendeu...rs
To com frio na barriga e muita expectativa. A sacanagem é que ta chovendo muito, se continuar assim vou viajar com roupas fedidas
Thank you so much...
Saudades de vc.
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