08 fevereiro 2007

Velhice


Quando o vento
For frio demais para nós,
E o sereno da noite
O mais desejável veneno...
Deixe que sua casa
Seja ainda a minha,
E vamos nos aquecer
numa lareira morna,
em cobertas quentinhas...

Quando o tempo
Estiver esculpido em nossas faces,
E a visão
Já não enxergar como outrora,
Deixa eu tatear seu rosto,
Andar às cegas pela sala...
Tratá-la por Minha Senhora.

Quando houver chegado a hora,
O cheiro de cravos
Cobrir-me todo,
Deixa eu sonhar que
Ainda somos dois meninos,
Com nosso mesmo amor,
Nossos desatinos.


Escrita em 15/05/2001 01:22 am
Revisada em 08/02/2007 13:31h

Um comentário:

Anônimo disse...

Mocinho, você tem talento... você toca a alma. Parabéns!